domingo, 28 de abril de 2013

Razão



Brilho do olhar,
Triste entardecer.
Constante sonar,
Corpo a estremecer.


Talvez a razão  do sentido,
Ou seria o sentido da razão?
O coração tivesse permanecido
Diante da destruição.


Seriamos seres do desfruto?
Da angustia à solidão?
Crendo na força do intuito
Fugindo da perseguição?


O despertar do torpor,
O imediatismo da realidade
Condenando o seu pudor
Em um pouco de saciedade.


Um sentimento fugaz,
Terreno e também insano.

O amor ao coração é tenaz
A outros olhos, profano.






domingo, 14 de abril de 2013

Retorno




Aqui estamos, em um mundo paralelo,
Como a beleza da arte abstrata.
Como se tudo entre nós tivesse um elo,
Em algum sentimento que me deixa grata.

Como a décima oitava canção,
Tentando relembrar o início
De quando senti seu coração.

Eu sinto o que é música,
Eu sinto o perfume das flores.
Percebo que tudo tem lógica,
Percebo o que são dores.

Em gotas dos meus sentimentos
Fazendo meu coração transbordar
E retornar aos bons momentos.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Desprender



 
Somos pequenos perante tragédias,

Somos imunes aos dramas,

A realidade não se mostra em comédias

Mas sim na intensidade das chamas.



Lágrimas derramadas,

Para as almas desprendias

Das pessoas tão amadas

Em esperanças talvez não atendidas.



Na madrugada escura,

Escura em desespero,

Desespero em forma de tortura.



Tortura em ambos os momentos,

Momentos de tristeza serão muitos.

Muitos estarão em nossos pensamentos.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Verde olhar















De incertezas, vivemos.
De amores, sofremos.
Como se tudo tivesse uma magia
O irreal nos cerca em nostalgia.

Nos meus sonhos, me refugio.
Na minha realidade, me vigio.
No teu olhar me perco
Querendo fugir desse cerco.

Querendo voltar
Viver o sonhar,
E ali estar.

Ver o teu olhar
O verde exorbitar 
Em mim o fato de me apaixonar.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Acordar!

O sonar do sapato ao andar não era o mesmo.
Não era a mesma folha de jornal lida,
O tom verde no olhar era um abismo
Ao acordar pela alma vendida.

Trocando de lugar, do meu lugar.
Mudando o sentir do perfume,
Nem se quer era o mesmo paladar
Longe do meu costume.

Era amor perdido nos cantos
Amor que se tornava próprio
Sem perceber os encantos.

No fundo tornou desencanto
Truques sem destinos
Sem sonhos por enquanto.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

ANTES





Antes de tudo,
Antes de nada,
De mim,
De ti,
Antes que as coisas mudassem...

Olhei até o fim do jardim,
E temi que as flores dele secassem,
Era o vazio dentro mim
Antes que ele chegasse.

Não era amor antes de ser,
Era o rumo desconhecido,
Era a certeza do ter
Mesmo quando tivesse amanhecido.

Antes era amor,
Bem antes da dor.
Antes do supor,
Eu sentia que era amor.