domingo, 18 de dezembro de 2011

Olhares






















O que seria inadequado é dizer “não quero”,


Quando o sentimento se veste em disfarces.


Meus olhos de longe mostram o que espero,


Mas tudo é maquiado em inúmeras faces.





Nas transversais dos olhos, em seus cantos,


Na intensidade do inverno, o frio do corpo,


Nas lembras dos verões, nos nossos contos.





Nascente brilho solar das minhas manhas,


Crescente brilho olhar das minhas ilusões.


Desprendimentos em vôos de andorinhas


Apegados a meu mundo das imaginações.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Vida


E assim se faz a arte!

A arte da vida.

Dita e transcrita,

Tão o oponente quanto ares

Em mares.

Solstícios de verão

Na crescente luz de minha,

Tão minha quanto tua

Tua vida...

De versos arteiros,

De solitude e andares,

De amores e relíquias,

De sonhos e realidades.

São fatos...

Fatos que trazem armas,

Armas de flores

Armados de possessão.

Viva então minha vida,

Vida tão viva...

Minha doce vida.

domingo, 23 de outubro de 2011

Olhos negros


Meu modo a seu tempo.

Qual maneira vê meu pensamento?

Meu tempo ao seu modo.

Qual jeito te desprende de ver o todo?


Viril e astuto tal qual leão na caça,

Na liberdade do pássaro em ter suas asas.

Teu sangue no vinho em taça,

Lembranças como velhas casas.


São todos fantasmas isolados

Ao breu dos teus olhos.

Na seqüência dos lados

Transpostos como galhos.


Às vezes lúcidos e meigos,

Às vezes presos num vago desejo.

São esses teus olhos negros

Em cada esquina desse lugarejo.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Desatinos


O que posso fazer se algo que não tenho controle me controla?

O que posso fazer se o sentimento indesejado bate a minha porta?

Não sei se o que quero me quer da mesma forma

Se o teu mundo pra mim importa.


Sou prisioneira dos teus apreços

Na inquietude do teu aconchego

Mas tudo isso pra mim tem seu preço

Tirando dos meus dias o sossego.


Meu passado não tem rima

Mas você é poesia em prosa

Na loucura do ser que me estima

Talvez tudo isso me deixe orgulhosa.


Ainda não encontrei o controle que me descontrola

O sentimento que para na minha porta e me assola

O quere que me transforma

Será que meu mundo pra ti importa?

quinta-feira, 23 de junho de 2011

(Des)Conhecidos


Nas noites nubladas e frias te sinto tão perto,

Fecho meus olhos e o sereno toca meu rosto

Feito suas mãos frias e a noite de seus cabelos

Vejo as luzes dos postes em seus olhos negros.


Sinto seu perfume na brisa noturna provocante.

Tudo me remete a ti que tanto quero ao meu lado

Sob a luz da lua circular de uma noite de junho,


Sigo ao teu lado em uma mistura de presente e passado

Como conhecidos - desconhecidos de tempos.

Sinfonia de vozes e sons de carros ficam em silêncio.


O rubor de meu rosto a ver você me admirar

Sentimento de quer, quer e te ter.

Esquecendo das coisas ao meu redor

Não tenho medo, mas sim desejo.