Brilho do olhar,
Triste entardecer.
Constante sonar,
Corpo a estremecer.
Triste entardecer.
Constante sonar,
Corpo a estremecer.
Talvez a razão do sentido,
Ou seria o sentido da razão?
O coração tivesse permanecido
Diante da destruição.
Seriamos seres do desfruto?
Da angustia à solidão?
Crendo na força do intuito
Fugindo da perseguição?
O despertar do torpor,
O imediatismo da realidade
Condenando o seu pudor
Em um pouco de saciedade.
Um sentimento fugaz,
Terreno e também insano.
O amor ao coração é tenaz
A outros olhos, profano.
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